segunda-feira, 19 de julho de 2010

Extremos

Vida encarcerada no corpo
pela mente entorpecida,
és viajante das profundezas aos píncaros,
do Norte ao Sul, da Água ao Fogo,
do sorriso ao ranger de dentes,
Viajas sem escalas de lugar nenhum
a lugar qualquer, ansiosa por chegar,
certa das novas partidas.
És arremessada aos extremos sem meios,
te agarras ao vazio.
Estás cheia de nada, vazia de tudo!
Mente entorpecida que
maltratas o corpo abandonado,
cárcere esquecido, jazigo de temores.
Entorpecei o torpor da mente,
veneno insano
que fazeis acorrentar-se o corpo à Vida!